fevereiro 25, 2005


Foto: Denis Klein

Quem nunca se espelhou no irmão mais velho? Parte da culpa de quem sou hoje, é do meu. Nossa diferença de idade, oito anos, seria grande se ele não sofresse do mesmo mal que eu: adolescência eterna. Nunca quisemos nos tornar adulto. Da minha parte, acho que se deve ao fato de que "tornar-se adulto" significava se tornar velho, no sentido não-cronólogico do termo.

Ontem, Renato voltou pra casa. O fato dele morar longe e a gente se ver pouco ajuda a manter o mito. Talvez, se morássemos mais perto e nos víssemos mais teríamos aquelas divergências também típicas de uma relação fraternal. Do jeito que é, fraternal fica apenas com os apectos positivos.

De qualquer forma, ano que vem está aí e a gente se encontra novamente.